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Federação dos Sindicatos Industriais - Uma nova entidade é criada: FSIDF

01/1937

Após o golpe de 1937, sob um regime autoritário e centralizador, o Estado Novo voltou a legislar sobre as organizações sindicais. Para se adequar à legislação, foi fundada no Rio de Janeiro a Federação dos Sindicatos Industriais do Distrito Federal (FSIDF), definida em seus estatutos como “uma organização profissional composta de sindicatos de empregadores do grupo da indústria, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e constituída na forma da lei”. A instituição tornou-se o órgão agregador de associações industriais independentes, ainda que contassem com o apoio da FIRJ. Seu quadro de associados era composto pelos seguintes sindicatos: Refinadores de Açúcar; Metalúrgicas; Perfumes e Artigos de Toucador; Produtos Farmacêuticos; Artefatos de Papel e Papelão; Cerâmica e Vidros; Construção Civil; Siderúrgica e Fundição.

Carlos Teles de Rocha Faria assumiu a presidência da FSIDF. Desde 1935, ele respondia pela presidência da FIRJ. Médico por formação, Rocha Faria havia abandonado o ofício para dedicar-se às atividades industriais quando assumiu o controle da Companhia de Tecidos América Fabril, em 1923. Foi presidente do Centro dos Industriais de Fiação e Tecelagem de Algodão (CIFTA), deputado classista na Assembleia Nacional Constituinte, participando da elaboração da Constituição de 1934.

A Federação dos Sindicatos da Indústria do Distrito Federal (FSIDF) passou a funcionar em paralelo à Federação do Rio de Janeiro (FIRJ). Desde o início, as duas entidades foram presididas por uma mesma pessoa. Em dezembro de 1940, a FSIDF transformou-se em Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJ), atendendo às novas mudanças na legislação referentes à organização sindical. O nome passou a ser adotado no ano seguinte.