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Jorge Castanheira da Silva

Empresário do ramo da torrefação e moagem de café, trabalhou mais de 50 anos na área. Foi presidente do Sindicato da Indústria da Torrefação e Moagem de Café no Estado do Rio de Janeiro (Sincafé), membro do Conselho de Administração do CIRJ e do Conselho de Eméritos da Firjan.
Publicado em 18/09/2025 - Atualizado em 17/10/2025 12:40
Jorge Castanheira da Silva. Crédito: Acervo Firjan
Jorge Castanheira da Silva. Crédito: Acervo Firjan

Português, filho de João da Silva e Maria Clotilde Castanheira, Jorge Castanheira da Silva nasceu no dia 22 de novembro de 1939 e chegou ao Brasil em 1958. Estabeleceu-se em Santos, São Paulo, onde trabalhou inicialmente em uma mercearia fina, onde os clientes recebiam tratamento especial, bebiam uísque e outros drinks. Quando na cidade, trabalhou no Santos Futebol Clube, prestando serviços à agremiação e viu de perto a ascensão de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no futebol.

Após 5 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para ficar perto de sua irmã, Maria Etelvina Castanheira, que tinha vindo de Portugal. Em seguida, Castanheira começa a trabalhar com o cunhado, que tinha um comércio de transporte de pedra britada e areia para as indústrias da construção civil. Após alguns anos, o destino o aproximou da indústria cafeeira e ele se tornou sócio da empresa Café União do Brasil, de torrefação e moagem de café.

- Eu me solidifiquei através das amizades que fiz durante alguns anos com os clientes que a gente tratava com algum carinho. A partir daí, foi-me oferecido, nesses convívios comerciais, se eu gostaria de comprar uma indústria. E essa indústria foi uma indústria de café. A indústria de café estava plantada na Praça da Bandeira, na Rua Joaquim Palhares com São Valentim. Ali eles tinham uma indústria que abastecia o mercado do Rio de Janeiro. (...). E assim pegamos a indústria, ficamos com ela durante alguns anos, até chegar o momento certo para criar dentro dessa raiz, um poder econômico mais alicerçado e com efeitos positivos na qualidade do produto, com respeito às embalagens, e a uma série de coisas que a gente não tinha, e que naquele tempo era feito com muita dificuldade. Mas a gente conseguiu fazer com algum carinho e com algum sucesso.

Além do Café União do Brasil, Castanheira também foi dono da marca de café Unilar, pela qual lançou o Café Odeon como parte de uma estratégia global de exportação do produto. Além de trabalhar na indústria de torrefação, o empresário também exerceu durante 6 anos a função de juiz classista, que eram juízes que não precisavam de formação em direito e eram indicados por sindicatos para mandatos na Justiça do Trabalho.

ATUAÇÃO SINDICAL E NA FIRJAN

Jorge Castanheira começa sua vida associativa no Sindicato da Indústria da Torrefação e Moagem de Café no Estado do Rio de Janeiro (Sincafé) em 1970. No início, com poucos e inexperientes integrantes, a principal discussão era sobre os obstáculos que a indústria enfrentava e o entendimento de que apesar de o governo conceder incentivo real ao setor, a área ainda dava prejuízo. Em 1992, o empresário assume por um mandato de 3 anos a

presidência do Sincafé e como presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Neste mesmo ano, passa a fazer parte, como suplente, da Diretoria da Firjan. Em 1997, recebeu a Medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro pela empresa Unistado.

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Em 2013, entra para a Comissão Fiscal do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ). Em 2020, passa a fazer parte de forma efetiva do Conselho de Administração do CIRJ. Em 10 de julho de 2023 ingressou no Conselho de Eméritos da Firjan.

Fontes:

Entrevista de Jorge Castanheira da Silva ao projeto Memória da Indústria em 04 de julho de 2024.