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Vitrines do progresso - A primeira exposição nacional dedicada à indústria

12/1861

Nascida para afirmar o advento da era industrial e realçar o culto ao progresso, a primeira exposição universal foi organizada pela Inglaterra e realizada em Londres, em 1851. Em 1855, a França sediou o segundo evento. As exposições universais eram verdadeiras “vitrines do progresso”, procurando apresentar toda a evolução tecnológica e industrial dos participantes.

Era a ocasião em que os países demonstravam o melhor de suas nações: suas indústrias, arquitetura e trabalhos típicos de suas culturas. Muitas das conquistas apresentadas nas exposições se tornaram símbolos para as cidades que as receberam, como a Torre Eiffel, em Paris.

Apesar de o Brasil não ter participado da Primeira Exposição Universal, os principais jornais do país publicaram reportagens sobre o assunto. A Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN) enviou a Londres o engenheiro Pedro de Alcântara Lisboa para conhecer de perto as maravilhas do progresso europeu na primeira mostra e registrar o que seria proveitoso e adaptável à realidade brasileira.

A SAIN participou ativamente da promoção de exposições, como forma de divulgar informações sobre o estágio de desenvolvimento agrícola e industrial do Brasil. Assim, entre outras iniciativas, foi uma das promotoras da Primeira Exposição Nacional, realizada no prédio da Escola Central, no Rio de Janeiro, em 1861. Foi um acontecimento marcante para o país, inaugurado por sua majestade, o imperador, ao som da “Marcha da Indústria”, composta especialmente para a ocasião pelo maestro Carlos Gomes.

Quase todas as províncias participaram enviando seus produtos. Ao todo, foram 439 expositores e cerca de 6 mil objetos apresentados. O evento foi preparatório da exposição universal de Londres, em 1862. A exposição foi dividida em cinco categorias: indústria agrícola; indústria fabril e manual; indústria metalúrgica, artes e produtos químicos; artes mecânicas e liberais; e belas-artes.

Desde então, essas exposições tornaram-se regulares. Até o final do século, o Brasil participaria ainda de outras mostras internacionais: duas em Paris (1867 e 1889), Viena (1873), Filadélfia (1876), Buenos Aires (1882) e São Petersburgo (1884).