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Um instituto de desenvolvimento - Pesquisa e Inovação

01/1968

A criação do Instituto de Desenvolvimento da Guanabara (IDEG) foi anunciada nas comemorações do Dia da Indústria, em maio de 1968, pelo então presidente do CIRJ e da FIEGA, José Versiani, como um marco. O IDEG foi apresentado como uma iniciativa para formular novas soluções para velhos problemas que perturbavam e sufocavam o desenvolvimento econômico do estado. Operaria em áreas estratégicas, apoiado no arcabouço institucional das representações de classe. O IDEG seria o instrumento capaz de colocar a indústria na vanguarda das formulações da política do desenvolvimento da Guanabara.

Para Versiani, o ensino brasileiro, calcado em teorias internacionais, ignorava a realidade nacional, a qual visava equacionar, resolver e desenvolver. A disparidade entre o ensino tecnológico e as técnicas empregadas pela indústria nacional comprometia os níveis de produtividade das empresas. Muitas vezes, era preciso oferecer cursos de formação nas próprias fábricas para tornar apto o operário. O técnico ia aprender na indústria, na prática, para somente depois ter condições de aplicar as teorias aprendidas na escola. Dessa conjuntura, nasceu dentro da Federação a ligação universidade-indústria, para que a educação se tornasse ferramenta de agregação social.

O IDEG foi definido como a primeira iniciativa da indústria carioca com vistas ao desenvolvimento tecnológico das unidades de produção. Foi agente catalisador e coordenador dos esforços de pesquisa realizados por empresas fabris; o elo entre o instituto de pesquisa, forja de novas concepções técnicas, e as fábricas – o verdadeiro campo experimental da pesquisa aplicada -; um instrumento de mobilização de recursos humanos da comunidade industrial numa peculiar integração de valores e programas.

Desde o início de suas atividades, o IDEG procurou dar apoio técnico e gerencial às pequenas e médias empresas, por meio de consultorias, em projetos e implantação de sistemas nas áreas gerencial, de produção, contábil e financeira; projetos de financiamento e incentivos fiscais; projetos nas áreas de energia e combate à poluição e melhoria à produtividade.

Por meio do Instituto, o binômio FIEGA-CIRJ seria transformado no trinômio universidade-tecnologia-indústria. Era o somatório dos esforços da Federação das Indústrias, do Centro Industrial, do SESI, do SENAI e de inúmeras empresas e instituições irmanadas para melhorar a formação técnica dos trabalhadores da indústria nacional.
Em 1973, o IDEG assinou convênio com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Guanabara, para implantar o Balcão de Tecnologia do Estado da Guanabara, ampliando a ligação universidade-indústria. Mais tarde o IDEG tornou-se em órgão executor, para o estado do Rio de Janeiro, dos Programas de Apoio à Pequena e Média Empresa do Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa (Cebrae) – transformado em Sebrae em 1990. Após a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o IDEG adotou a denominação de Instituto de Desenvolvimento Econômico e Gerencial.