Criação do Instituto Euvaldo Lodi - A trilogia se completa com o IEL

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) foi criado em 1969, na cidade do Rio de Janeiro. Diferentemente do SESI e do SENAI, que surgiram para atender a uma exigência legal, determinada pelo Estado, o IEL nasceu por iniciativa voluntária da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Brasil contava com um próspero parque industrial, mas continuava dependente do desenvolvimento tecnológico gerado por outros países. Em resistência a esse quadro, a CNI entendia como fundamental a criação de novas parcerias entre a indústria e a universidade.
O Brasil passava pelo auge do autoritarismo da ditadura militar. A discussão sobre a reforma universitária, tendo por debate a abertura do ensino superior às necessidades econômicas e desenvolvimentistas do país, se dava em um contexto de difícil diálogo e de interesses escusos. As universidades temiam perder autonomia com a abertura aos interesses do capital e as empresas, por sua vez, estavam acostumadas à importação de tecnologia e viam pouca necessidade de investir em pesquisa: resultados obtidos em longos prazos não eram lucrativos. Foi assim que surgiu a ideia do IEL, um instituto especializado no diálogo entre a universidade e a indústria, capaz de viabilizar parcerias que atendessem aos interesses de ambas as partes e possibilitassem ao jovem universitário conhecer os rumos para os quais a indústria se encaminhava.
O IEL, no início, estava sediado na cidade do Rio de Janeiro e, logo no seu segundo ano, já possuía uma rede de 17 núcleos regionais, espalhados por todo o país. Nos seus seis primeiros anos, o Instituto concentrou sua atividade na constituição de canais entre as empresas e as universidades, explicitados em acordos firmados para a realização de estágios para estudantes universitários nas unidades industriais. Ao longo dos anos 1970, o IEL passou a promover fóruns e seminários, cujos assuntos giravam em torno do desenvolvimento tecnológico e científico do país.
A primeira iniciativa de financiamento direto à ciência e tecnologia, ainda nos anos 1970, se deu por meio dos chamados cursos integrados, viabilizados por uma parceria entre o IEL e o Ministério da Educação. Visava a estimular estudantes dos últimos períodos letivos dos cursos de engenharia de materiais, elétrica e mecânica a desenvolver tecnologia. Mas foi nos anos 1980, diante das graves crises econômicas e políticas enfrentadas pelo país, que o IEL se transformou num centro de altos estudos, focado na produção de análises e políticas capazes de oferecer alternativas ao avanço do empresariado brasileiro.
Nos anos de 1990, a tônica passou a ser o empreendedorismo, de forma a estimular o surgimento de talentos para incrementar as iniciativas empresariais no Brasil, com novos produtos e mercados, marcados por uma também nova organização produtiva. No final dessa década, o IEL era já reconhecido no meio universitário pelo engajamento de seus pesquisadores em projetos de desenvolvimento tecnológico, pela oferta de bolsas de iniciação científica e pela atuação na criação de incubadoras de empresas.
O IEL, por sua antiga tradição na área de estágios, criou padrões de recrutamento, acompanhamento, supervisão e avaliação que se tornaram parte constitutiva do modelo de estágio supervisionado. Internacionalmente, o IEL também investiu em parcerias de intercâmbio universitário e estabeleceu laços de cooperação com centros internacionais de excelência na área de desenvolvimento tecnológico.
Aberto a novas formas de atividade, os anos 2000 foram marcados pelo desenvolvimento do mercado criativo. Projetos foram criados para aproximar a indústria dos agentes culturais, de forma a promover diferenciais competitivos e estimular a produção local. Houve a ampliação de programas de capacitação de micro e pequenas empresas, auxiliando também na integração de pequenos fornecedores com as demandas das grandes empresas.
A Firjan IEL impulsiona o desenvolvimento da indústria fluminense, conecta experiências práticas e inovadoras e apoia as lideranças empresariais a vivenciarem os mais atuais métodos de Gestão, Produtividade e Inovação.
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