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A criação da FIRJAN - FIEGA e FIERJ se unem para formar a FIRJAN

03/1975

A fusão da Guanabara e do estado do Rio de Janeiro teve consequências diretas também na vida das entidades de classe desses dois estados. No mesmo dia da fusão estadual, em 15 de março de 1975, nascia a FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, uma composição da Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (FIEGA) com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), por força da Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974. O Ministério do Trabalho já havia assinado uma portaria determinando a unificação das federações patronais e de empregados da Guanabara e do estado do Rio.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) havia sido fundada em novembro de 1949, também como uma entidade de segundo grau, na cidade de Niterói. Em seus 25 anos de atividades, teve atuação diversificada, junto a vários sindicatos patronais fluminenses. Para ampliar o seu campo de ação, criou outros órgãos, como o Centro Industrial do Estado do Rio de Janeiro (CIERJ) e a Associação Fluminense de Produtores.

Para efetivar a fusão das duas federações, a carioca e a fluminense, foram instaladas comissões para tratar dos trâmites legais, políticos e organizacionais. Após as negociações, o então presidente da FIERJ, Jair Nogueira, cedeu a presidência da FIRJAN para Mario Leão Ludolf, então presidente da FIEGA, e assumiu a vice-presidência da nova entidade.

Abriu-se uma discussão em assembleia geral do Conselho para a escolha da sigla a ser adotada pela Federação. Havia sugestões para que fosse FIERJAN ou FIERJA, por possuírem a letra “e” de estado, como em outras federações. Por esse mesmo motivo, em oposição, o presidente Mario Ludolf explicou que a subtração da vogal “e” justamente evitaria a confusão com as demais federações que começavam invariavelmente com as três letras “FIE...”. Submetido à diretoria, decidiu-se por maioria absoluta a manutenção da sigla FIRJAN.

Em 1977, Mario Ludolf foi reeleito para a presidência. Nesse período, os esforços dos projetos da FIRJAN se concentraram no desenvolvimento do novo estado, como a implantação de nova usina na CSN e a expansão da Cia. Siderúrgica da Guanabara (Cosigua), que incluía a produção de chapas de aço para a indústria.

Para a economia fluminense, a FIRJAN apostou no desenvolvimento de nove polos: Volta Redonda e Santa Cruz (CSN e Cosigua); o polo petroquímico de Duque de Caxias; o complexo de construção naval da Baía da Guanabara; o complexo eletroeletrônico e farmacêutico da zona industrial de Jacarepaguá; a agroindústria açucareira de Campos; a indústria de soda cáustica e barrilha de Cabo Frio; o complexo salineiro da Região dos Lagos; a indústria de produtos alimentares, incluindo pescados; e as reservas de calcário da região de Cordeiro-Cantagalo, visando ao desenvolvimento da indústria de cimento.