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A criação do SESI - Nova instituição de apoio ao trabalhador

06/1946

Em 25 de junho de 1946, foi assinado o Decreto-Lei nº 9.403 pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, atribuindo ao Conselho Nacional da Indústria (CNI) o encargo de criar, organizar e dirigir o Serviço Social da Indústria (SESI). Em um período marcado pelo fim da ditadura Vargas e início da experiência democrática no Brasil, o SESI surgia para contribuir na relação entre o empregador e o empregado. Sua principal função é a valorização do trabalhador da indústria, com medidas para melhoria de seu bem-estar social e cultural. No ano seguinte, o Conselho Nacional do SESI iniciou seus trabalhos, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal.

A ideia que deu origem ao SESI teve suas raízes na I Conferência Nacional das Classes Produtoras, ocorrida em Teresópolis, em 1945. As conclusões do encontro foram ratificadas na Carta Econômica de Teresópolis, fornecendo as diretrizes para o desenvolvimento econômico do país, com ênfase no livre mercado e na igualdade de condições. O documento tratou também da eliminação da pobreza pela ação conjunta do Estado e da iniciativa privada. As ideias incipientes da Conferência de Teresópolis foram debatidas no ano seguinte, na sede do CNI, no Rio de Janeiro, entre representantes das federações dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Foi então que se concluiu sobre a necessidade de criar um serviço social da indústria, em nome da “paz social”.

Ainda em 1946, após o decreto-lei presidencial, o CNI se reuniu para criar o SESI, assumindo-o como instrumento necessário para contribuir para a saúde e a formação educacional e cultural do trabalhador da indústria e de seus dependentes. Em 1947, foi instituído o Departamento Regional do SESI no Rio de Janeiro, que, em 1950, já era referência para outros países.

Ao longo dos anos, o SESI-Rio revelou seu importante papel na melhoria do bem-estar do trabalhador e no aumento da produtividade e competividade da indústria. Investiu no serviço de saúde ocupacional e do trabalho, em programas de alfabetização de adultos, educação escolar dos filhos dos trabalhadores e atividades esportivas e culturais. Enfim, constituiu uma rede de unidades e de serviços de relevante valor para o desenvolvimento social e econômico do estado.