SESI aposta na cultura digital

Criado em 2014, o SESI Cultura Digital teve como objetivo fortalecer a cultura digital no Rio de Janeiro, conectando arte, tecnologia e inovação. Ao longo de três edições, ofereceu uma programação gratuita de palestras, workshops, painéis, debates, oficinas e performances, além de uma Hackathon – maratona hacker em que equipes multidisciplinares desenvolviam soluções digitais para desafios ligados à cultura, educação e transformação social. O projeto consolidou-se como referência no debate sobre os impactos da inovação no cotidiano, na criação artística e no desenvolvimento econômico.
A primeira edição estabeleceu as bases do programa ao aproximar diferentes segmentos criativos e tecnológicos em torno de uma agenda de conhecimento e experimentação. Já em 2015, em parceria com o Museu de Arte do Rio (MAR), o evento trouxe como tema central o papel das instituições culturais no século XXI. Foram discutidos tópicos como educação digital, cultura maker e os novos formatos de museus, sempre com atividades interativas e performances que evidenciaram o uso da tecnologia na criação artística. O Hackathon desafiou os participantes a criar aplicativos e jogos para enriquecer a experiência de visitação em espaços culturais.

A edição de 2016 voltou-se para a relação entre tecnologia e mercado audiovisual, destacando a relevância desse setor para a economia criativa do estado. A programação discutiu novas mídias, cultura multitela, conteúdo transmídia e o entretenimento como oportunidade de negócios, atraindo não apenas entusiastas do mundo high-tech, mas também profissionais e empresários interessados em novas visões de mercado. No Hackathon, os competidores trabalharam com realidade virtual e aumentada, aplicadas à produção audiovisual, ampliando o alcance do projeto como espaço de inovação.
Com sua proposta inclusiva e multidisciplinar, o SESI Cultura Digital consolidou-se como uma plataforma de reflexão e prática sobre os impactos da tecnologia na arte, na educação e na economia da cultura. Seu legado está na valorização da cultura digital como campo estratégico para o futuro, ao incentivar novas linguagens, promover redes de colaboração e inspirar formas criativas de pensar e fazer no século XXI.