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Volkswagen Chega à Resende - A Indústria Automobilística no RJ

01/1996

Após quase 20 anos de campanha, o Rio de Janeiro voltou a ter uma montadora. A Fábrica Nacional de Motores, localizada em Duque de Caxias, no RJ, produziu carros, ônibus e caminhões Alfa Romeu e Fiat até 1977. O contrato para a criação de uma nova unidade da Volkswagen foi assinado em 1995. A instalação foi no ano seguinte, no município de Resende, em uma área de 1 milhão de metros quadrados. A nova unidade construiria caminhões e ônibus, num total de 40 mil veículos por ano, e empregaria 2,5 mil trabalhadores. Além disso, a fábrica deveria estimular a economia na região de seu entorno.

As condições de logística, infraestrutura (malha viária, sistema de transportes, de telecomunicações, fornecimento de água e energia), oferta de mão de obra e de equipamentos sociais (segurança, transporte e habitação) foram os requisitos básicos para a escolha do local da nova unidade. O processo de expansão da economia fluminense também foi considerado como um fator relevante para a escolha do estado do Rio pela empresa. A participação do PIB fluminense no PIB nacional havia subido de 10,89% em 1990 para 12,56% em 1994, quando atingiu o equivalente a US$ 56 bilhões.

Preenchendo todos os requisitos acima citados, o município de Resende foi escolhido como o local ideal, por estar conectado a duas principais rodovias do país: a Rio-São Paulo (BR-116) e a Brasília Norte-Nordeste (BR-393). Vizinho do município de Volta Redonda, onde se localiza a CSN, o local dispunha de boa infraestrutura, com água captada do rio Paraíba, tratada por duas estações de purificação, distribuída por sete estações elevatórias, energia elétrica recebida de Furnas e distribuída pela Cerj, além de dispor de gás natural.

Em 2008, a Volkswagen Caminhões e Ônibus do Brasil foi vendida para o grupo alemão Man, marca pertencente à Volkswagen. A crise econômica nacional representou um desafio para a companhia, que concentrou seus esforços para a exportação. A Man tem exportado para países da América Latina, África e Oriente Médio. Para a Arábia Saudita, foi preciso inovar e produzir 700 ônibus sem teto, para atender a uma encomenda voltada para o transporte de passageiros em peregrinação a Meca. As exportações ajudaram a aliviar o impacto da crise. Depois da Volkswagen, outras fábricas passaram a se instalar na região levando o Rio de Janeiro a atingir o posto de 2º maior cluster automotivo do Brasil em 2025.

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