Pular para o conteúdo principal

Projeto Transformar

01/1999
Cerimônia de formatura dos alunos do Projeto Transformar do SESI no dia 10/23/2005.  Créditos: Acervo Firjan
Cerimônia de formatura dos alunos do Projeto Transformar do SESI no dia 10/23/2005. Créditos: Acervo Firjan

Desde a década de 1980, com o aumento da desigualdade, os empresários brasileiros começaram a se mobilizar em torno da questão social, apoiando projetos e campanhas relativas ao tema. Se áreas como educação e saúde não progredissem, dificilmente a economia do país poderia deslanchar e se mostrar competitiva num mundo cada vez mais globalizado. Os desafios eram enormes. De acordo com o Censo do IBGE de 1996, 27 mil jovens brasileiros entre 15 e 19 anos possuíam menos de um ano de escolaridade. O dado era alarmante, e o Rio não ficava fora desse quadro. 

De acordo com os dados do IBGE desse período, em 81 dos 91 municípios do estado do Rio de Janeiro, existiam 80,4 mil pessoas entre 10 e 19 anos que sequer sabiam escrever o próprio nome. Diante desses dados, a FIRJAN se lançou no desafio de alfabetizar jovens dessa faixa etária em um ano, através da criação de um programa de combate ao analfabetismo. 

Em 1999, em parceria com as prefeituras a Firjan voltou o foco para o lançamento do “Projeto Transformar- Escrevendo o Futuro”. O projeto estava em consonância com as políticas públicas de erradicação do analfabetismo, fundamentalmente a partir de 1994, quando foram produzidas as chamadas Diretrizes para uma Política Nacional de Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

A parceria dos setores público-privados era essencial para o sucesso do programa. A assessoria pedagógica do curso ficou a cargo do SESI, que possuía metodologia própria. A instituição também se responsabilizou pela capacitação pedagógica dos professores, acompanhamento da frequência e aproveitamento dos alunos, além da avaliação de todo o processo. No final do ano 2000, formaram-se 350 turmas - mais de 7 mil alunos receberam certificados de conclusão do curso. 

No ano seguinte, o projeto cresceu e passou a atender a 16.990 alunos, dos quais 14.859 concluíram a formação. Em 2002, o Projeto Transformar recebeu a chancela das Nações Unidas (ONU) pelo trabalho realizado, ganhando o certificado de Programa de Alto Impacto Social do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O PNUD havia avaliado a metodologia de ensino, a estratégia de implantação do programa, as parcerias estabelecidas, a abrangência e os resultados obtidos pelo Transformar. Mais de 31 mil jovens de 81 municípios estavam sendo beneficiados e teriam, então, mais oportunidades e respeito, direito básico de qualquer cidadão. Reconhecida internacionalmente, a metodologia foi nacionalizada, dando origem ao programa do Governo Federal “Por um Brasil Alfabetizado”, levando a milhões de brasileiros a oportunidade de reconhecerem as letras e os livros. Era só o começo. 

Ainda em 2002, a FIRJAN passou a contar com o Núcleo de Responsabilidade Social. A iniciativa se enquadrava no que deveria ser a missão de todo empresário atento ao que acontecia a sua volta, como a realização de pesquisas cujos objetivos eram conhecer o que pensam e fazem as empresas na área social, criando um banco de dados que permitisse o acompanhamento do trabalho desenvolvido. 

Em 2010, durante a implantação das UPPs a Firjan se mobilizou e instalou bibliotecas nas comunidades (Indústria do Conhecimento), projetos de qualificação profissional como o Corujão, voltado às pessoas que trabalhavam durante o dia e só tinham a noite para estudar, bem como realizou uma agenda intensa de ações de voluntariado empresarial.   
 

GALERIA DE FOTOS