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José Inácio Caldeira Versiani

Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (FIEGA) e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), o empresário foi um dos defensores da fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e instituiu a Medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro. Morreu no dia 19 de setembro de 1969.
Publicado em 18/09/2025 - Atualizado em 17/10/2025 12:40
José Inácio Caldeira Versiani. Crédito: Acervo Firjan
José Inácio Caldeira Versiani. Crédito: Acervo Firjan

Nascido na cidade de Bocaiúva, Minas Gerais, no dia 18 de abril de 1898, José Inácio Caldeira Versiani formou-se na Escola de Engenharia do Rio de Janeiro, então capital da República. Em sua trajetória, participou ativamente de diversas associações empresariais e de classe.

Como diretor da Companhia Brasileira de Fósforos, presidiu o Sindicato Nacional das Indústrias de Fósforos e o Centro das Indústrias de Fósforos. Foi presidente do Conselho Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e diretor do Serviço Social da Indústria (SESI), ambos do Estado da Guanabara. Como secretário da Indústria do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, integrou delegação brasileira que participou da Conferência Internacional do Trabalho, na Suíça, entre outras várias missões com delegações patronais em congressos e outras atividades. Versani assumiu a presidência Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (Fiega) e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ) em 1966. Sucedeu a José Bento Ribeiro Dantas.

Em sua primeira gestão, criou o Instituto de Desenvolvimento da Guanabara (IDEG) , que passou a se chamar posteriormente de Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Gerencial. A entidade tinha como foco a realização de estudos e projetos com o intuito de estimular o desenvolvimento econômico do estado.

Foi reeleito como presidente da FIEGA e do CIRJ em 1968. Entre suas principais causas estava a fusão do Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, para qual trabalhou promovendo estudos de viabilidade. Para ele, a junção era uma necessidade devido a difícil situação econômica vivida pelo estado da Guanabara na década de 1960, principalmente após deixar de ser o Distrito Federal, e uma oportunidade para o estado do Rio de Janeiro. A fusão ocorreria em março de 1975, cerca de 6 anos após sua morte.

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Aperfeiçoou os departamentos econômico e jurídico das entidades que presidia e também o Centro de Produtividade Industrial da Guanabara. Criou o Serviço de Comércio Exterior. Foi o representante da FIEGA e do CIRJ na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Outra de suas lutas foi a defesa da livre empresa, buscando a ampliação dos créditos para as indústrias e pela reformulação da legislação tributária federal e estadual. Segundo o jornal O Globo em matéria em 1969, foi Versiani quem instituiu a Medalha do Mérito Industrial do Rio de Janeiro.

Morreu no dia 19 de setembro de 1969, quando ainda exercia os mandatos de presidente da FIEGA e do CIRJ.

Fontes:

O GLOBO. Ministros e empresários no adeus a Caldeira Versiani. Rio de Janeiro, p. 20, 22 set. 1969.

JORNAL DO BRASIL. Enterro de Versiani é às 10 horas. Rio de Janeiro, 1º caderno, p. 4, 22 set. 1969.

CARONE, Edgard. O Centro Industrial do Rio de Janeiro e sua importante participação na Economia Nacional (1827-1977). Rio de Janeiro: Editora Carone, 1978.

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC). Perfil de José Inácio Caldeira Versiani , link acessado em 08/09/2025 https://www18.fgv.br/CPDOC/acervo/dicionarios/verbete-biografico/versiani-jose-inacio-caldeira