Francisco Mancebo Agostinho
Empresário do ramo de bebidas, foi o fundador e primeiro presidente da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, é integrante do Conselho Firjan Regional Norte Fluminense, do Conselho de Eméritos da entidade e suplente do Conselho de Administração do CIRJ na gestão 2024/2028
“Eu fui escoteiro, estudei interno, servi ao Exército,... olho muito a coisa pela hierarquia, pela sua forma de conduzir. A Firjan é um órgão isento porque tem interlocução com o Governo do Estado do Rio, com a esfera federal, com o exterior e com o interior. Não se limita a nenhum pensamento pessoal político, nem de raça, nem de credo. É uma instituição que está aberta para as empresas levarem suas demandas e ser um escudo para elas.”
Francisco Mancebo Agostinho ao Memória da Indústria
Nascido em Macaé, Região Norte fluminense, no dia 02 de abril de 1939, Francisco Mancebo Agostinho é filho de Lacerda Agosti.nho e Conceição Mancebo Agostinho. Seu pai era comerciante e sócio na fábrica de Bebidas Lynce do irmão Elias Agostinho, ex-prefeito da cidade. Agostinho estudou no Colégio São Salvador, em Campos dos Goytacazes, e após servir ao Exército, em 1960, voltou para Macaé e foi trabalhar no negócio da família.
- A empresa tem uma origem interessante, ela é de 1912 e se chamava Fábrica de Bebidas Prince, na Avenida Rui Barbosa. Era de um alemão chamado Orlando Farrulla. Mais tarde ele e a família resolveram ir embora de Macaé. Vendeu a fábrica de bebidas para o meu tio Elias, com exceção da marca Prince, que não era negociável. Então, criamos a marca Lynce que é aquele felino que olha distante, olha longe.
A Lynce na época tinha uma gama maior de produtos, mas por questões de mercado, hoje está voltada à produção dos licores Pesseguette, Licor de Cacau, de Ameixa, refrigerante de morango, o Moranguitto, xaropes Groselha.
- Chegamos a engarrafar também aguardente, álcool, éramos distribuidores da cerveja Brahma e mais tarde da Skol. Porém, como a embalagem dos produtos da Brahma eram iguais as do Guaraná Lynce, havia esse conflito. Por isso optamos por focar na produção própria.
O empresário é torcedor do Flamengo e apaixonado por futebol, e assim como seu pai foi presidente do Ipiranga Futebol Clube, tradicional associação de Macaé e que já foi vice-campeã brasileira de futsal.
Em 2020, por conta da pandemia, Agostinho passou para o seu filho mais velho Luis Felipe Osório Agostinho e sócio, a administração da empresa. O empresário tem mais duas filhas, Yasmin Osório e Carolina Osório, e é avô de sete netos. Ele é casado com Roselane Osório Agostinho.
VIDA ASSOCIATIVA E A FIRJAN
Francisco Mancebo Agostinho entrou para Firjan em 1997 como integrante do Conselho Regional do Norte Fluminense. Foi fundador e primeiro presidente da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, que tinha entre seus principais pleitos a construção da unidade Firjan SENAI Macaé, que veio a ocorrer em 2008, para responder ao crescimento econômico do município com a instalação da Petrobras e de empresas de apoio offshore.
- Nessa época a comissão funcionava na unidade Firjan SESI Macaé, que tem o nome do meu pai. A homenagem ocorreu durante a gestão de Eduardo Eugênio, quando ela passou a se chamar Unidade SESI Lacerda Agostinho.
Confira a galeria de fotos
Agostinho faz parte da Associação Comercial e Industrial de Macaé, onde foi presidente entre 2006 e 2009. Em 2009, assume a presidência do Conselho Deliberativo da entidade, cargo que exerce até os dias de hoje. O empresário trabalhou para causas importantes como a construção de uma nova pista no aeroporto de Macaé, a duplicação da BR-101, a construção do terminal portuário de Macaé (Tepor), e a volta da Feira Brasil Offshore para a cidade.
Em 2011, Agostinho foi homenageado com a medalha do Construtor do Desenvolvimento Regional, láurea concedida pela Regional Norte Fluminense da Firjan. Em 10 de julho de 2023, foi escolhido para integrar o Conselho de Eméritos da Firjan.
- A Firjan não quer esquecer seus membros. Aqueles que tiveram alguma participação na história do Estado do Rio, do seu desenvolvimento político, econômico e social. Então ela me homenageou com esse título. Eu fiquei honrado, estava lá com a foto, diploma. E meus filhos, meus netos gostaram, então isso aí também é importante para a posterioridade.
Fontes:
Entrevista de Francisco Mancebo Agostinho para o projeto Memória da Indústria realizada no dia 25 de fevereiro de 2025.