A Companhia Siderúrgica da Guanabara: Cosigua

No final de 1972, teve início a produção de aço líquido pela Companhia Siderúrgica da Guanabara, a Cosigua. Construído em apenas 14 meses, o projeto se inseria no Programa Siderúrgico Nacional, anunciado dois anos antes pelo governo federal. O empreendimento era considerado prioritário pelo Conselho Nacional da Indústria Siderúrgica (Consider).
A implantação da usina siderúrgica do Grupo Gerdau na Guanabara era apontada como um fator capaz de acelerar o desenvolvimento econômico do estado. A usina foi instalada no distrito industrial de Santa Cruz, que reunia as melhores condições para um empreendimento daquele porte: matérias-primas essenciais à produção, proximidade do mercado consumidor da região centro-sul, acesso à rede de transporte rodoviário e ferroviário e ao fornecimento de água e energia elétrica.
A produção de aço na primeira fase foi feita em fornos elétricos. Pouco depois, passou-se a utilizar o processo de redução direta “purofer”, a partir da tecnologia empregada pela ThyssenKrupp da Alemanha, então a maior empresa privada da Europa. Para cobrir o financiamento de seus equipamentos, a Cosigua exportaria minério das jazidas que adquiriu pelo terminal marítimo que deveria construir na Baía de Sepetiba.
A produção inicial da usina siderúrgica era da ordem de 250 mil toneladas de aço ao ano: laminados não planos de aço comum, compreendendo barras, perfis, fio-máquina, vergalhões para a construção civil, trefilados. A Cosigua era o complexo siderúrgico mais promissor do país naquele momento. Os planos de expansão previam um aumento para 800 mil toneladas ao ano, extensíveis para três milhões de toneladas, o que a colocaria entre as maiores empresas produtoras de aço não plano do Brasil.