Uma Via Para o Desenvolvimento - O Arco Metropolitano

Após anos de espera, foi inaugurado no dia 1º de Julho de 2014 o Arco Metropolitano, que liga Duque de Caxias a Itaguaí, passando também pelos municípios de Nova Iguaçu, Queimados e Japeri. Com isso, os polos industriais importantes como o Porto de Itaguaí, a Refinaria Duque de Caxias, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, passam a ficar interligados.

O Arco foi construído por meio de parceria entre os governos federal e estadual. O primeiro levantamento sobre a rodovia foi feito pela Federação ainda na década de 1970 e era um pleito do Sistema FIRJAN há mais de 20 anos. A ideia era eliminar o conflito entre o tráfego de carga e o trânsito do Grande Rio, facilitando o acesso ao Porto de Itaguaí e a movimentação dos trabalhadores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

O Arco Metropolitano procurou estruturar toda a malha rodoviária da região metropolitana. Cinco grandes eixos rodoviários foram conectados por meio do empreendimento: A BR-101/Norte (Rio – Vitória), BR-116/Norte (Rio – Bahia), BR-040 (Rio – Belo Horizonte), a BR-116/Sul (Rio – São Paulo) e a BR-101/ Sul (Rio – Santos).A rodovia, que integra a BR-493, contempla ainda parte da BR-116, entre Caxias e Magé, além de trecho entre Magé e Itaboraí, também já existente, totalizando 145 quilômetros. 

As obras começaram em 2008 e os atrasos no projeto foram originados por vários aspectos. Além de três mil desapropriações, escavações foram revelando vários sítios arqueológicos; ao final da obra, eles somavam 68. De acordo com o governo do estado, foi preciso construir oito viadutos sobre dutos da Petrobras e dois outros sobre um lago em Seropédica, para não pôr em risco o habitat da rã Physalaemus soaresi, espécie rara, ameaçada de extinção.

A perspectiva no ano do lançamento era de que a nova estrada contribuiria para o aumento da competitividade da indústria fluminense e reduziria o custo do transporte de carga em até 20%, além de gerar novos empregos e mais de R$ 343 milhões em receita anual com a arrecadação de impostos. As estimativas calculavam que mais de 30 mil veículos por dia passariam pela nova via, dinamizando o desenvolvimento econômico-industrial do Rio de Janeiro. Em 2024, quando o Arco Metropolitano completou uma década, balanço realizado pelo Jornal O Globo apontaram a subutilização, a falta de segurança e de iluminação como entraves para a consolidação da promessa. 

Fonte: 

https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/07/01/decada-perdida-arco-metropolitano-faz-10-anos-sem-desenvolver-regiao-como-planejado.ghtmlconsultado em 20/08/2025