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FIRJAN participa da ECO 92 - Meio Ambiente e Sustentabilidade

01/1992

A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a ECO 92 ou Cúpula da Terra, foi um marco global em relação à ecologia e sustentabilidade. O evento colocou a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil no mapa dos grandes eventos mundiais. Vinte anos após a sua primeira edição, sediada na cidade de Estocolmo, em 1972, a ECO 92 foi realizada entre os dias 3 e 14 de junho de 1992, no Riocentro. Essa edição contou com a presença maciça de chefes de Estado, reunindo representantes de 179 países. A cidade virou uma grande festa, com inúmeros eventos paralelos. Pela primeira vez, o ser humano encarava a sua relação com o planeta.

O objetivo do encontro era a discussão dos problemas ambientais. Na balança, os danos e os progressos relacionados ao tema. Falou-se sobre sustentabilidade associada ao desenvolvimento econômico – um novo modo de vida, em que seria preciso conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza. Reduzir nosso padrão acelerado de consumo - em especial o de combustíveis fósseis, como petróleo e o carvão mineral – que vinha se intensificando nos últimos anos, era a saída.

A FIRJAN/CIRJ participou efetivamente da Conferência, com empresários na sede oficial e em diversos eventos. No Fórum Global, no Aterro do Flamengo, a FIRJAN dividiu o espaço em uma tenda com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e apresentou dois trabalhos feitos pela instituição: 'A Borracha Natural - Um Produto Ecológico' e 'Destino de Resíduos Sólidos Industriais – Uma Visão Empresarial'. Além disso, a FIRJAN/CIRJ assinou um protocolo de intenções com o governo do estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente, e a Feema, que visava à diminuição da agressão ambiental por meio de treinamento dos trabalhadores das indústrias e outras iniciativas, como um programa de autorregulação, determinando os padrões mínimos de proteção a serem adotados pelas empresas.

O evento alcançou muitas conquistas em prol do bem do planeta. Realizado de forma paralela por ONGs (organizações não governamentais), o Fórum Global foi responsável pela criação de um importante documento: a Declaração do Rio ou Carta da Terra responsabilizava os países ricos pela preservação do planeta, provendo apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento para que eles também alcançassem um modelo de crescimento sustentável.

Convenções a respeito de biodiversidade e mudanças climáticas foram aprovadas. Mais tarde, a Convenção de Mudanças Climáticas se aprofundaria na elaboração do famoso Protocolo de Kyoto, em 1997, documento que estabeleceria a redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa. Entre todas as conquistas da ECO 92, a maior delas foi a Agenda 21. Por esse acordo, todos os 179 países concordaram com a elaboração de estratégias visando ao desenvolvimento sustentável. O documento dividia-se em quatro sessões: dimensões sociais e econômicas, conversação e gestão de recursos para o desenvolvimento, fortalecimento do papel dos principais grupos sociais e meios de implementação.

Entretanto, muitos países não cumpriram com o que ali foi acordado. O modelo de produção e consumo estabelecido, mais atrativo por ser mais lucrativo e estar em pleno processo de aceleração por conta dos avanços da tecnologia, acabou por intensificar ainda mais o aquecimento global. Em resposta, outros eventos importantes aconteceram, como o Rio +10, na cidade de Johanesburgo, África do Sul, em 2002; a Cúpula sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, Dinamarca, no ano de 2009; e o Rio +20, que ocorreu em junho de 2012 no Rio de Janeiro, 20 anos depois do marco da ECO 92.