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Centro Internacional de Negócios

10/1995
Inauguração do Centro Internacional de Negócios em 1995. Crédito: Acervo Firjan
Inauguração do Centro Internacional de Negócios em 1995. Crédito: Acervo Firjan

O fim da Guerra Fria em 1991 pôs abaixo antigas fronteiras e o comércio mundial (que envolve mercadorias, serviços e investimentos) deu início ao seu apogeu. O termo globalização entrava de vez no vocabulário planetário. Nesse cenário, em 3 de outubro de 1995, foi criado de forma pioneira pela Firjan, o Centro Internacional de Negócios (CIN), semente da Rede CIN da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em que cada Federação da Indústria de cada estado do país possui uma unidade. Nesse mesmo ano, foi criada a Organização Mundial do Comércio (OMC).

A ação foi uma das últimas da gestão do presidente da Firjan Arthur João Donato. Em sua inauguração, ele definiu o escopo das ações do CIN: “Reunimos as entidades voltadas para o intercâmbio com o exterior, instalamos um grande centro de comunicação externa, enfim, criamos um centro de referência de oportunidades de negócios internacionais”.

Ainda em 1995, a primeira atividade promovida pelo CIN foi o II Mercotrade (rodada de negócios multissetorial da América Latina) respondendo ao intuito de ser um centro de negócios e cooperação com o Mercosul e a Comunidade Europeia e manter uma base de dados para que o setor empresarial promovesse articulações com organismos internacionais.

O trabalho do CIN evoluiu para a promoção de atividades para a indústria do estado. Em quase 30 anos de atuação, foram realizados centenas de milhares de atendimentos e milhares de missões para intercâmbio de experiências, participação em feiras e aprendizados, além da abertura de oportunidades para novos negócios.

Voltado ao desenvolvimento do comércio exterior, proporcionando novas oportunidades para as empresas fluminenses, o CIN foi um celeiro de profissionais e especialistas formados por meio de cursos, seminários e workshops para atuar no comércio global, e orientado a apoiar, incentivar, informar e orientar o empresário fluminense a vencer os desafios do mercado internacional. Além disso, o CIN tem sido responsável por oferecer ao público estudos, palestras e publicações que auxiliam na tomada de decisão e no desenvolvimento da capacidade de internacionalização das empresas.

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O CIN também criou interface com mais de 130 países a partir de missões internacionais, seminários e rodadas de negócios. Soma-se a isso o estabelecimento de um estreito relacionamento com os Consulados estabelecidos no Rio de Janeiro, com as Câmaras Bilaterais de Comércio, algumas fisicamente instaladas na sede do Sistema Firjan, e com entidades como a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Abece) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e ainda interação com o Itamaraty, com ministérios, governo do estado e prefeitura do Rio.

Dentre os grandes eventos coordenados ou co-realizados pelo Centro estiveram o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) em 2011, o Humanidade em 2012, e a visita do rei Carl XVI Gustaf da Suécia, para que ele conhecesse as oportunidades da Indústria Criativa, dentre outros. Também ocorreram mais de 20 edições do Prêmio Rio Export, destinado às empresas fluminenses que mais se destacaram no comércio exterior. E, no final de 2014, o CIN comemorou 1000 missões recebidas de 102 países do globo.

Em 2015, o CIN se transforma em Firjan Internacional. Segue fazendo parte da Rede CIN e oferecendo apoio à internacionalização de empresas, através da inteligência comercial e emissão de documentos como o Certificado de Origem, além de promover a atração de investimentos e oportunidades de negócios globais, preparando as empresas brasileiras para o mercado internacional.

O fruto de décadas de trabalho foi a evolução da inserção internacional do Rio de Janeiro, que pode ser observada pelo salto na participação do estado na balança de comércio exterior. A corrente de comércio fluminense, por exemplo, em 2024 apresentou um valor aproximadamente dez vezes maior aos números referentes ao início da série histórica, em 1997, chegando a 73 bilhões de dólares.